quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Para um aniversariante especial.

Um fato:
Eu trocaria um sorvete de flocos por você.
(iê iê)

Como é definida a troca de um sorvete de flocos por alguém? Será que é quando podemos medir quão grande é um sentimento? Ou quando ele se torna imensurável?

Talvez sim...

Talvez seja quando encontramos alguém que consegue ler (e descrever!) o que nem mesmo nós sabemos que sentimos. É sentir-se confortável com assuntos para nós tão particulares... ou talvez tão vergonhosos de serem admitidos. E admitir-se a si mesmo de forma verdadeira. Sem máscaras ou nuances, apenas nossa alma.

É querer resolver todos os problemas dessa pessoa tão especial, porque só de saber que ela está triste, você também fica triste. E isso te deixa tão determinado em fazê-la feliz.

É uma amizade maior. Uma irmandade.

E é exatamente isso que nós somos: irmãos. Mais além de irmãos, somos gêmeos. Separados em alguma maternidade entre os tantos universos em que nós vivemos. Também é ter certeza que sua carta será sempre respondida, independente da correria, independente da distância.

E de distância nós entendemos.

Bem como de confiança, porque ela é mútua. Ela é sincera. Completa. Ela é nossa.

Talvez seja todos esses talvez juntos.

Talvez.

Mas há uma certeza entre tantas incertezas: do nosso universo, só a gente entende. O nosso abraço, é um abraço de panda. A saudade que sentimos na verdade é uma saldade, porque deixa um gosto amargo... Os nossos cangurus e a nossa macieira são tão intocáveis, as nossas memórias poderíamos usar para conjurar nossos patronos.

E isso me deixa feliz. E muito.

domingo, 18 de agosto de 2013

(...)


Namorar um goleiro...
É correr na contramão.


- Um (curioso) fato:

Se você namora um goleiro, sabe que enquanto todos se sentam perto do gol do adversário, você tem que se separar deles e assistir ao jogo logo atrás do gol que ele está defendendo (como se estar lá de alguma forma o ajudasse a esperar pelos jogadores)... torcendo as mãos em frente ao coração num pedido angustiante de que nenhuma bola passe.

É vibrar em todas as defesas com o entusiasmo que todos vibrariam por um pênalti defendido.

É orgulhar-se por todas as vezes que o viu levantar após cair para defender uma bola, ainda que tenha sido gol...

É tornar-se mais teimosa, acreditando, mesmo contra todas as variáveis, que o seu goleiro vai conseguir defender. Ainda que não tenha defendido outras. Ainda que um time inteiro não acredite nele.

E acredite: goleiros são ainda mais teimosos. Não aceitam fácil que algo possa lhes escapar. Na verdade, acredito que façam muito para que nunca aconteça isso... e há algum instinto de defesa vindo de fábrica em todos eles. Ainda que algumas vezes tenham que te defender de você mesma.

Namorar um goleiro é ser tomada pelos braços (dentro de vários abraços) e fazer você sentir a mesma alegria de uma torcida inteira que viu a bola ser defendida.

É algo mais: algo que talvez eu não possa explicar, mas que tenho uma mania de tentar expressar. E eu estou tentando. Pois estou há mais de um ano com um goleiro formidável, que me ensinou que quedas e machucados valem muito. São marcas que podemos levar como aprendizagem para o próximo jogo. E o que é a vida senão um círculo de jogos?

terça-feira, 13 de novembro de 2012

um pedaço de antes


E se eu pedir, volta?
Naquele sorriso de outrora,
Num mesmo mar
Que nos embarca e leva embora.

E se eu pedir, abraça?
Em um sol que aquece
Numa lua que nos protege,
Perto daquele vermelho que me deste...

E se eu pedir, lembra?
Da cama, do cheiro.
Do seu sorriso e do meu aconchego.

Apenas... Protege?
Ao mesmo passo da tranquilidade.
Que no fez bem,
Nos fez completos.

E ainda assim não pediria.
Por parecer o certo,
Naufragando,
Ainda inerte.

domingo, 11 de novembro de 2012

é sorriso em salto (alto)
é constelação avermelhada...
brilha forte, requer luz
sua chama nunca apaga.

é sorriso em teimosia
requer vida,
já é mulher, então viva...!

é sorriso em lealdade
com apego...
com amizade.

é muito em pouco,
é tudo em nada.

domingo, 4 de novembro de 2012

Olhe-se



Olhe-se, menina... 
e veja seus sonhos estampados,
em seu rosto muita luz
e em seu peito um mundo aberto.

Olhe-se de frente, antes menina
enfrente seus receios  
vague em mil passos
se redefina. 

Olhe-se no espelho, menina!
cada vez um personagem,
que nasce de ti, 
e realça o aqui.

Olhe-se, quase mulher...
já é florida, então sorria! 
continue a nadar...
a cachoeira dos sonhos,
você há de encontrar. 

Então continue a criar,
e a encantar;
pois perdida em Nôx,
nunca estará sem rumo. 
então se aprume
pois o mundo pede muito
e eu só peço,
me debruçar nesse mundo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Sol


Que sol é esse, que vem sorrateiramente me tomar?
Que aqui me aquece, e que há de me deixar.
Enxugando o rosto, talvez de suor
Mas talvez são duvidosos
E ele há de me escapar.
As minhas unhas roídas, são meras vitrines:
De mero bocejar, e aquele velho continuar.
E com eles não poderia faltar, o instigante levantar.
Falta-me, entretanto, o 'por quem'
Sol(to) em mim, falta também uma curva.
E tu, sol, deveria de me responder; já que aqui me enjaula
Como se eu fosse viva,
Sendo apenas uma menina.