domingo, 18 de agosto de 2013

(...)


Namorar um goleiro...
É correr na contramão.


- Um (curioso) fato:

Se você namora um goleiro, sabe que enquanto todos se sentam perto do gol do adversário, você tem que se separar deles e assistir ao jogo logo atrás do gol que ele está defendendo (como se estar lá de alguma forma o ajudasse a esperar pelos jogadores)... torcendo as mãos em frente ao coração num pedido angustiante de que nenhuma bola passe.

É vibrar em todas as defesas com o entusiasmo que todos vibrariam por um pênalti defendido.

É orgulhar-se por todas as vezes que o viu levantar após cair para defender uma bola, ainda que tenha sido gol...

É tornar-se mais teimosa, acreditando, mesmo contra todas as variáveis, que o seu goleiro vai conseguir defender. Ainda que não tenha defendido outras. Ainda que um time inteiro não acredite nele.

E acredite: goleiros são ainda mais teimosos. Não aceitam fácil que algo possa lhes escapar. Na verdade, acredito que façam muito para que nunca aconteça isso... e há algum instinto de defesa vindo de fábrica em todos eles. Ainda que algumas vezes tenham que te defender de você mesma.

Namorar um goleiro é ser tomada pelos braços (dentro de vários abraços) e fazer você sentir a mesma alegria de uma torcida inteira que viu a bola ser defendida.

É algo mais: algo que talvez eu não possa explicar, mas que tenho uma mania de tentar expressar. E eu estou tentando. Pois estou há mais de um ano com um goleiro formidável, que me ensinou que quedas e machucados valem muito. São marcas que podemos levar como aprendizagem para o próximo jogo. E o que é a vida senão um círculo de jogos?

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